Assim como as mulheres, o homem também precisa de
reposição horrnonal. A vida é uma roda implacável e com o passar dos
anos até o mais forte dos homens vai precisar do hormônio masculino, a
testosterona. A queda do hormônio faz parte do
processo natural de envelhecimento, sem qualquer relação com doença ou
virilidade. Aliás, a reposição hormonal não deve ser vista como fonte da
juventude. Também o fenômeno masculino em nada se parece com a
menopausa da mulher, mas em certos casos os sintomas
são intensos, prejudicando a qualidade de vida. O termo andropausa,
usado para caracterizar o período de maior queda do hormônio, é
condenado pelos especialistas. Como diz o presidente da Sociedade
Brasileira de Urologia, "Não há pausa no caso do homem", diferente
das mulheres em quem ocorre uma parada da ovulação. Os homens, mesmo os
mais idosos, continuam produzindo espermatozóides. A quantidade de
homens que necessitam de reposição hormonal é muito pequena, embora não
existam estatísticas. O nível normal de testosterona
no sangue é de 300 a 1.000 ng/dL (nanograma/decilitro). sendo 5% menor
que 325 ng/dL dos 20 aos 29 anos, 12% dos 50 anos aos 59 anos, 28% dos
70 anos aos 79 anos, e 49% acima dos 80 anos. A partir dos 50 anos todos
os homens devem investigar como anda sua
testosterona. Os sintomas do processo são: diminuição da massa
muscular, da densidade óssea, cansaço, falta de disposição, de desejo
sexual e queda da memória.
Em casos raros podem ocorrer ondas de calor,
nervosismo, insônia, que são confundidos nas grandes cidades com
estresse. Por isso, são candidatos à reposição hormonal os homens com
nível abaixo de 300 ng/dL e manifestações de sintomas. Da
mesma forma que as mulheres, os homens com predisposição genética podem
apresentar riscos ou complicações, como o câncer de próstata, doenças
cardiovasculares, aumento da viscosidade do sangue, interrupção da
respiração durante o sono (apnéia), queda de cabelo
e acne. A testosterona pode ser adquirida em diversas formas, como
cápsula ou comprimido, injeção, adesivo e gel (aplicação sobre a
pele), mas somente deve ser utilizada com orientação profissional, pois existem contra-indicações importantes (câncer de próstata, história de câncer de mama ou infarto, apnéia do sono e sensibilidade aos componentes do hormônio). A testosterona tem
papel fundamental no desenvolvimento do corpo masculino e desempenha uma função diferente em cada etapa da vida. Na fase de formação do bebê, ainda dentro do útero materno, o hormônio é responsável pela diferenciação sexual. Na puberdade transforma o menino em homem, com todas as modificações físicas. Na vida adulta têm influência sobre os músculos, ossos, libido e humor.
pele), mas somente deve ser utilizada com orientação profissional, pois existem contra-indicações importantes (câncer de próstata, história de câncer de mama ou infarto, apnéia do sono e sensibilidade aos componentes do hormônio). A testosterona tem
papel fundamental no desenvolvimento do corpo masculino e desempenha uma função diferente em cada etapa da vida. Na fase de formação do bebê, ainda dentro do útero materno, o hormônio é responsável pela diferenciação sexual. Na puberdade transforma o menino em homem, com todas as modificações físicas. Na vida adulta têm influência sobre os músculos, ossos, libido e humor.
Por isso é importante para a pele, ossos, músculo e
mente. A reposição hormonal não deve ser encarada somente sob o ângulo
da vida sexual, porém, como uma forma de proporcionar um envelhecimento
com qualidade de vida. Assim, a ênfase deve
ser dada na promoção de vida saudável, que deve começar na juventude. O
envelhecer com qualidade de vida inclui exercícios físicos (30 minutos
diários), alimentação rica em vegetais variados, moderação no consumo de
bebidas alcoólicas e combate ao tabagismo.
Se há dúvidas na terapia de reposição hormonal para as mulheres, muito
mais existe para os homens, principalmente no que se refere ao nível
adequado de testosterona para cada faixa etária. Portanto, é o limiar da
normalidade e do anormal que permanece desconhecido
para o tratamento. O homem sempre procurou o elixir da juventude na
fonte de medicamentos para a virilidade, mas a reposição hormonal não
pode ser banalizada como uma droga anti-idade.
Artigo extraído do livro Doenças, Conhecer para
Prevenir (Ottoni Editora), de autoria do médico Mário Cândido de
Oliveira Gomes, falecido aos 77 anos, no dia 6 de junho de 2013.
Notícia publicada na edição de 04/02/15 do Jornal
Cruzeiro do Sul, na página 011 do caderno A - o conteúdo da edição
impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h
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