
Quem é que não pensa em conciliar alimentação com boa forma? Mas,
para atingir este binômio, muita gente lança mão de mecanismos que nada
têm de saudáveis. Nesta entrevista, o médico nutrólogo Nataniel
Viuniski fala sobre o que é a boa alimentação, que deve ter bons
nutrientes, ser gostosa e vir sempre acompanhada, no dia a dia, de
exercícios físicos e hábitos saudáveis. Especialista em obesidade
infantil, aborda o tema, além de mostrar que nenhuma dieta é milagrosa.
“O que vale mesmo é a reeducação alimentar”.
CORREIO PERGUNTA –
O que pode ser considerada uma boa alimentação?
NATANIEL VIUNISKI –
Uma boa alimentação é aquela que atende todos os nutrientes que o nosso corpo precisa por um lado e, por outro, que seja gostosa. Uma boa alimentação deve suprir as necessidades de micro e macronutrientes do organismo e dar prazer para a pessoa; ela tem de contemplar os dois aspectos, tem de ser saudável e nutritiva e tem de satisfazer o nosso emocional. O ser humano é o único bicho da floresta que come por prazer e uma alimentação nunca será completa se ela não for saborosa.
NATANIEL VIUNISKI –
Uma boa alimentação é aquela que atende todos os nutrientes que o nosso corpo precisa por um lado e, por outro, que seja gostosa. Uma boa alimentação deve suprir as necessidades de micro e macronutrientes do organismo e dar prazer para a pessoa; ela tem de contemplar os dois aspectos, tem de ser saudável e nutritiva e tem de satisfazer o nosso emocional. O ser humano é o único bicho da floresta que come por prazer e uma alimentação nunca será completa se ela não for saborosa.
Crianças, jovens, adultos e idosos devem ter maneiras diferentes de se alimentar?
Sim, cada fase da idade tem uma necessidade diferente. Criança é um ser em crescimento, precisa de energia para se desenvolver, não só em peso e altura, mas em especial os órgãos: coração, cérebro e fígado. Para o adulto, a nutrição dele visa exatamente à preservação da massa muscular, da composição corporal – diluir gordura e aumentar a massa muscular –, para chegar à melhor idade na melhor forma. E a alimentação do idoso tem de exatamente suprir os desafios do envelhecimento. O idoso tem um desafio muito grande na questão da produção de radicais livres e a alimentação dele tem de ser antioxidante, com uma quantidade adequada de proteína, outra quantidade adequada de minerais para evitar a osteoporose, que já deve começar lá na infância, pois tudo isso é muito dinâmico. E destacar, para os leitores, que a nossa alimentação sempre caminha junto da atividade física, uma vai complementando a outra. Então, em todas estas fases, a alimentação tem de suprir estas necessidades e fazer parte deste estilo de vida saudável e ativo.
Sim, cada fase da idade tem uma necessidade diferente. Criança é um ser em crescimento, precisa de energia para se desenvolver, não só em peso e altura, mas em especial os órgãos: coração, cérebro e fígado. Para o adulto, a nutrição dele visa exatamente à preservação da massa muscular, da composição corporal – diluir gordura e aumentar a massa muscular –, para chegar à melhor idade na melhor forma. E a alimentação do idoso tem de exatamente suprir os desafios do envelhecimento. O idoso tem um desafio muito grande na questão da produção de radicais livres e a alimentação dele tem de ser antioxidante, com uma quantidade adequada de proteína, outra quantidade adequada de minerais para evitar a osteoporose, que já deve começar lá na infância, pois tudo isso é muito dinâmico. E destacar, para os leitores, que a nossa alimentação sempre caminha junto da atividade física, uma vai complementando a outra. Então, em todas estas fases, a alimentação tem de suprir estas necessidades e fazer parte deste estilo de vida saudável e ativo.
Estamos no alto verão. Qual é a alimentação ideal para enfrentar estas temperaturas?
Ela deve ser leve, com boa quantidade de energia e, principalmente, repondo o líquido que a gente perde pela transpiração. E o grande presente da nossa mãe natureza aqui, no Centro-Oeste, são as frutas e os vegetais, que proporcionam ótima quantidade de nutrientes e uma boa hidratação. Não se esquecer de tomar muito líquido na forma de água e chás. E quando se fala em calor, é preciso ficar atento à qualidade dos alimentos. É muito comum as temperaturas mais altas estragarem os alimentos de forma mais rápida. Então, o consumidor precisa tomar muito cuidado com os alimentos perecíveis, como o leite, os ovos e a carne, que precisam ser de boa qualidade, com preparo fresco e boa higiene no preparo dos alimentos. Estas são as dicas mais importantes para o verão.
Ela deve ser leve, com boa quantidade de energia e, principalmente, repondo o líquido que a gente perde pela transpiração. E o grande presente da nossa mãe natureza aqui, no Centro-Oeste, são as frutas e os vegetais, que proporcionam ótima quantidade de nutrientes e uma boa hidratação. Não se esquecer de tomar muito líquido na forma de água e chás. E quando se fala em calor, é preciso ficar atento à qualidade dos alimentos. É muito comum as temperaturas mais altas estragarem os alimentos de forma mais rápida. Então, o consumidor precisa tomar muito cuidado com os alimentos perecíveis, como o leite, os ovos e a carne, que precisam ser de boa qualidade, com preparo fresco e boa higiene no preparo dos alimentos. Estas são as dicas mais importantes para o verão.
Como lidar com o alto consumo da carne vermelha, que é muito gordurosa, neste período mais quente?
O próprio aumento de temperatura já é um trabalho a mais para o organismo. Alimentos gordurosos e muito condimentados vão exigir mais da nossa digestão, vão sobrecarregar o organismo. Então, no verão, eu recomendo alimentos mais leves e refeições menores – quantidades menores com mais frequência. Eu costumo brincar assim: “em vez de comer à vista, comer à prestação”: um pequeno café da manhã, um lanche saudável, o almoço mais leve, um lanche saudável no início da tarde, que pode ser de frutas, iogurte, barras de proteínas, que são muito interessantes para quem faz atividade física; além de um jantar leve, um alimento geladinho. Por exemplo, pode ser um shake de proteína antes de dormir, sempre junto de atividade física na hora mais fresquinha do dia e da hidratação. E, por falar em nutrição no verão, enfatizar ao leitor que são importantes os cuidados com a pele, o maior órgão do nosso corpo, que precisa de nutrição e hidratação de dentro para fora e de fora para dentro. Além de ter uma boa nutrição, proteção solar adequada. São cuidados vitais no verão.
O próprio aumento de temperatura já é um trabalho a mais para o organismo. Alimentos gordurosos e muito condimentados vão exigir mais da nossa digestão, vão sobrecarregar o organismo. Então, no verão, eu recomendo alimentos mais leves e refeições menores – quantidades menores com mais frequência. Eu costumo brincar assim: “em vez de comer à vista, comer à prestação”: um pequeno café da manhã, um lanche saudável, o almoço mais leve, um lanche saudável no início da tarde, que pode ser de frutas, iogurte, barras de proteínas, que são muito interessantes para quem faz atividade física; além de um jantar leve, um alimento geladinho. Por exemplo, pode ser um shake de proteína antes de dormir, sempre junto de atividade física na hora mais fresquinha do dia e da hidratação. E, por falar em nutrição no verão, enfatizar ao leitor que são importantes os cuidados com a pele, o maior órgão do nosso corpo, que precisa de nutrição e hidratação de dentro para fora e de fora para dentro. Além de ter uma boa nutrição, proteção solar adequada. São cuidados vitais no verão.
Qual sua opinião sobre substitutos de refeições, como shakes, chás e sopas? Quando recorrer a eles?
Estes substitutos de refeição têm um critério, são alimentos preparados cientificamente para substituir, das três principais refeições, até duas, segundo a legislação brasileira. Quando eles são indicados? Quando a refeição ou a alimentação não é aquela mais saudável, ou seja, eu jamais vou indicar que uma pessoa substitua um café da manhã com frutas e cereais adequados por um shake. Agora, para aquela pessoa que não toma café da manhã, ou para aquela pessoa que não tem tempo de se alimentar bem ou que faz um café da manhã muito desequilibrado, um shake corretamente preparado pode ser muito adequado. Numa cidade grande como Campo Grande, às vezes as pessoas moram longe e não têm tempo de voltar para casa e fazer uma refeição saudável, e as opções na rua nem sempre são as melhores. Então, este tipo de alimento, um shake corretamente preparado, com proteínas, vitaminas e minerais, pode, sim, fazer parte deste estilo de vida saudável e nutritivo. Lembrar que não adianta apenas tomar shake, não cuidar das outras refeições e ficar sedentário. Estes alimentos são muito interessantes quando a pessoa já adota um estilo de vida saudável. Quanto ao chá, ele não é substituto de refeição. O chá-verde e o branco são variações do Camelia sinensis que é o chá tradicional – o branco tem um pouco mais de antioxidantes que o chá-verde, que tem mais antioxidantes que o chá-preto, que é torrado. A grande vantagem é que, por ter um conteúdo de cafeína, estes chás são termogênicos, aumentam o metabolismo. Mas é preciso destacar que não é nada milagroso. O chá-verde tem mais ou menos a mesma quantidade de cafeína que dois cafés expressos e não vai adiantar se a pessoa ficar sedentária e se alimentando mal. Agora, se a pessoa já faz atividade física, se alimenta bem e, neste repertório de vida saudável, acrescentar o chá, como ele é utilizado há mais de 4 mil anos na China, pode ser uma estratégia muito interessante, pela hidratação, pela qualidade, pelos antioxidantes. É importante destacar que nenhum alimento é superalimento, ou nenhum alimento é vilão. Não existem alimentos ruins nem os maravilhosos. Tudo passa pelo equilíbrio, uma boa alimentação é um estilo de vida que a gente preconiza.
Estes substitutos de refeição têm um critério, são alimentos preparados cientificamente para substituir, das três principais refeições, até duas, segundo a legislação brasileira. Quando eles são indicados? Quando a refeição ou a alimentação não é aquela mais saudável, ou seja, eu jamais vou indicar que uma pessoa substitua um café da manhã com frutas e cereais adequados por um shake. Agora, para aquela pessoa que não toma café da manhã, ou para aquela pessoa que não tem tempo de se alimentar bem ou que faz um café da manhã muito desequilibrado, um shake corretamente preparado pode ser muito adequado. Numa cidade grande como Campo Grande, às vezes as pessoas moram longe e não têm tempo de voltar para casa e fazer uma refeição saudável, e as opções na rua nem sempre são as melhores. Então, este tipo de alimento, um shake corretamente preparado, com proteínas, vitaminas e minerais, pode, sim, fazer parte deste estilo de vida saudável e nutritivo. Lembrar que não adianta apenas tomar shake, não cuidar das outras refeições e ficar sedentário. Estes alimentos são muito interessantes quando a pessoa já adota um estilo de vida saudável. Quanto ao chá, ele não é substituto de refeição. O chá-verde e o branco são variações do Camelia sinensis que é o chá tradicional – o branco tem um pouco mais de antioxidantes que o chá-verde, que tem mais antioxidantes que o chá-preto, que é torrado. A grande vantagem é que, por ter um conteúdo de cafeína, estes chás são termogênicos, aumentam o metabolismo. Mas é preciso destacar que não é nada milagroso. O chá-verde tem mais ou menos a mesma quantidade de cafeína que dois cafés expressos e não vai adiantar se a pessoa ficar sedentária e se alimentando mal. Agora, se a pessoa já faz atividade física, se alimenta bem e, neste repertório de vida saudável, acrescentar o chá, como ele é utilizado há mais de 4 mil anos na China, pode ser uma estratégia muito interessante, pela hidratação, pela qualidade, pelos antioxidantes. É importante destacar que nenhum alimento é superalimento, ou nenhum alimento é vilão. Não existem alimentos ruins nem os maravilhosos. Tudo passa pelo equilíbrio, uma boa alimentação é um estilo de vida que a gente preconiza.
O senhor costuma dizer em palestras que a fome é uma grande vilã que remete à compulsão. Como isso se processa?
O grande inimigo para quem quer controlar o peso são os ataques de fome. Ninguém consegue planejar o que vai comer quando está com fome. Se eu estou com muita fome, eu não penso se vou comer um grelhado ou uma salada, vou comer o que vem pela frente. Por outro lado, se estou saciado, com o apetite controlado, serei mais seletivo. O grande segredo para não sentir fome são os lanches saudáveis que falamos anteriormente. Ter esta estratégia de, no meio da manhã, no meio da tarde e antes de dormir, comer uma fruta, uma salada de frutas, um iogurte, uma barra de proteína, um queijo magro, uma sopa. Quando chegar a hora das refeições principais, você não estará com tanta fome e poderá ser mais inteligente nas escolhas.
O grande inimigo para quem quer controlar o peso são os ataques de fome. Ninguém consegue planejar o que vai comer quando está com fome. Se eu estou com muita fome, eu não penso se vou comer um grelhado ou uma salada, vou comer o que vem pela frente. Por outro lado, se estou saciado, com o apetite controlado, serei mais seletivo. O grande segredo para não sentir fome são os lanches saudáveis que falamos anteriormente. Ter esta estratégia de, no meio da manhã, no meio da tarde e antes de dormir, comer uma fruta, uma salada de frutas, um iogurte, uma barra de proteína, um queijo magro, uma sopa. Quando chegar a hora das refeições principais, você não estará com tanta fome e poderá ser mais inteligente nas escolhas.
O senhor é um especialista em obesidade. Poderia dizer como preveni-la desde a tenra idade?
A prevenção da obesidade começa na vida intrauterina. Mãe que ganha muito peso durante a gravidez e o contrário, fome e desnutrição intrauterina, os dois são fatores de risco para estas crianças ao longo da vida e podem desenvolver obesidade. A primeira arma para prevenir a obesidade é fazer um bom pré-natal. Tem de ter cuidados, um estilo de vida saudável durante a gravidez, para não influenciar a vida do bebê para frente. A segunda ferramenta para prevenir a obesidade é o maravilhoso leite materno. Vários estudos mostram que as crianças que mamam exclusivamente no peito, nos primeiros 6 meses, estão mais protegidas contra a obesidade não só na infância como ao longo da vida. Quanto mais cedo se introduz as fórmulas, os alimentos não saudáveis, maior o risco de obesidade. E a terceira grande arma para prevenir a obesidade desde a mais tenra idade é que as crianças prestam muito mais atenção naquilo que a gente faz do que naquilo que a gente fala. Então, para os pais, os professores, os avós e os tios, não basta recomendar à criança coma isso ou aquilo. Nós, adultos, temos a obrigação de dar bons exemplos, ser modelos para os nossos filhos. Eles prestarão atenção naquilo que a gente faz. Se passamos o dia sedentário, se alimentando mal, não adianta querer que o filho vá praticar exercício e comer fruta e verdura. A família é quem determina o estilo de vida da criança. A família que passa o dia todo de pijama em casa tem um estilo de vida e a família que vai curtir a natureza maravilhosa, fazer exercício ao ar livre e comer bem passa outra mensagem. Só para complementar, hoje nós conhecemos dois fatores de risco para a obesidade, além do sedentarismo e da irregularidade alimentar, mas que a gente fala pouco. Um deles é o estresse e isso em qualquer idade, desde o bebê até o idoso. Quanto mais estressado, maior a fome, maior a tendência do organismo a acumular gordura. E outro fator que nós estamos falando agora, no século 21, e que é muito importante é a privação do sono. Parece que dormir menos do que 7 ou 8 horas por dia é um fator de risco para a obesidade. E a gente vê em quem tem criança e adolescente cujas horas de sono hoje são cada vez mais curtas. Eles acordam muito cedo e vão dormir muito tarde por causa do computador, do notebook, do smartphone. E isso tudo sinalizaria para o nosso corpo uma forma de estresse e conspira também para a obesidade.
A prevenção da obesidade começa na vida intrauterina. Mãe que ganha muito peso durante a gravidez e o contrário, fome e desnutrição intrauterina, os dois são fatores de risco para estas crianças ao longo da vida e podem desenvolver obesidade. A primeira arma para prevenir a obesidade é fazer um bom pré-natal. Tem de ter cuidados, um estilo de vida saudável durante a gravidez, para não influenciar a vida do bebê para frente. A segunda ferramenta para prevenir a obesidade é o maravilhoso leite materno. Vários estudos mostram que as crianças que mamam exclusivamente no peito, nos primeiros 6 meses, estão mais protegidas contra a obesidade não só na infância como ao longo da vida. Quanto mais cedo se introduz as fórmulas, os alimentos não saudáveis, maior o risco de obesidade. E a terceira grande arma para prevenir a obesidade desde a mais tenra idade é que as crianças prestam muito mais atenção naquilo que a gente faz do que naquilo que a gente fala. Então, para os pais, os professores, os avós e os tios, não basta recomendar à criança coma isso ou aquilo. Nós, adultos, temos a obrigação de dar bons exemplos, ser modelos para os nossos filhos. Eles prestarão atenção naquilo que a gente faz. Se passamos o dia sedentário, se alimentando mal, não adianta querer que o filho vá praticar exercício e comer fruta e verdura. A família é quem determina o estilo de vida da criança. A família que passa o dia todo de pijama em casa tem um estilo de vida e a família que vai curtir a natureza maravilhosa, fazer exercício ao ar livre e comer bem passa outra mensagem. Só para complementar, hoje nós conhecemos dois fatores de risco para a obesidade, além do sedentarismo e da irregularidade alimentar, mas que a gente fala pouco. Um deles é o estresse e isso em qualquer idade, desde o bebê até o idoso. Quanto mais estressado, maior a fome, maior a tendência do organismo a acumular gordura. E outro fator que nós estamos falando agora, no século 21, e que é muito importante é a privação do sono. Parece que dormir menos do que 7 ou 8 horas por dia é um fator de risco para a obesidade. E a gente vê em quem tem criança e adolescente cujas horas de sono hoje são cada vez mais curtas. Eles acordam muito cedo e vão dormir muito tarde por causa do computador, do notebook, do smartphone. E isso tudo sinalizaria para o nosso corpo uma forma de estresse e conspira também para a obesidade.
Não é de hoje que surgem as mais diferentes dietas
alimentares, prometendo ótimos resultados em pouco tempo. O que o senhor
tem a dizer sobre elas?
Se existisse alguma dieta boa, nós não teríamos mais epidemia global de obesidade. Eu estudo Nutrição há 25 anos e conheço 25 novas dietas da moda; todo ano tem uma, mas a epidemia de obesidade não para de crescer. Aliás, nestes últimos 25 anos, o Brasil mais do que triplicou o número de obesos. A dieta é uma coisa que remete a sofrimento, tem começo, meio e fim e, quando termina, a pessoa geralmente está pior do que começou. Eu sempre recomendo a quem me procura a mudança no estilo de vida, uma reeducação. Uma dieta geralmente começa na segunda e termina na sexta-feira e a reeducação alimentar é para sempre e passa de geração para geração. As dietas da moda, geralmente, são desequilibradas, colocam em risco a saúde e não trazem benefício em longo prazo. Do ponto de vista científico, tudo que causa um balanço energético negativo vai gerar emagrecimento. A questão é você gastar mais energia do que ingere calorias, isso é primário. A questão é fazer isso de uma forma saudável e para sempre. Então, eu aumento meu gasto de energia com a prática de exercício regular e controlo minha alimentação com os alimentos saudáveis, coloridos, neste esquema de seis refeições por dia. A proteína parece ser o ingrediente mais saciável. E, falando em estratégias, eu gosto muito da estratégia do shake, porque é um alimento que proporciona que a pessoa possa tomá-lo em qualquer lugar: é geladinho para o verão, muito conveniente sem abrir mão da boa nutrição, porque é aprovado pela Anvisa, nutricionalmente seguro. Mas é importante que as demais refeições sejam feitas.
Se existisse alguma dieta boa, nós não teríamos mais epidemia global de obesidade. Eu estudo Nutrição há 25 anos e conheço 25 novas dietas da moda; todo ano tem uma, mas a epidemia de obesidade não para de crescer. Aliás, nestes últimos 25 anos, o Brasil mais do que triplicou o número de obesos. A dieta é uma coisa que remete a sofrimento, tem começo, meio e fim e, quando termina, a pessoa geralmente está pior do que começou. Eu sempre recomendo a quem me procura a mudança no estilo de vida, uma reeducação. Uma dieta geralmente começa na segunda e termina na sexta-feira e a reeducação alimentar é para sempre e passa de geração para geração. As dietas da moda, geralmente, são desequilibradas, colocam em risco a saúde e não trazem benefício em longo prazo. Do ponto de vista científico, tudo que causa um balanço energético negativo vai gerar emagrecimento. A questão é você gastar mais energia do que ingere calorias, isso é primário. A questão é fazer isso de uma forma saudável e para sempre. Então, eu aumento meu gasto de energia com a prática de exercício regular e controlo minha alimentação com os alimentos saudáveis, coloridos, neste esquema de seis refeições por dia. A proteína parece ser o ingrediente mais saciável. E, falando em estratégias, eu gosto muito da estratégia do shake, porque é um alimento que proporciona que a pessoa possa tomá-lo em qualquer lugar: é geladinho para o verão, muito conveniente sem abrir mão da boa nutrição, porque é aprovado pela Anvisa, nutricionalmente seguro. Mas é importante que as demais refeições sejam feitas.
PERFIL
Nataniel Viuniski é Médico nutrólogo, especialista em Nutrição, trabalha em vários setores. Chefe do Serviço de Nutrologia de um hospital da Unimed,
trabalha na Universidade Federal do Rio Grande do Sul na área de
mestrado. Consultor de algumas empresas e clínicas; faz parte do
Conselho Nutricional da Herbalife no mundo (representa o Brasil). Foi
consultor do Ministério da Saúde e da Educação na área de obesidade
infantil. Atualmente, trabalha numa clínica multifuncional na área,
promovendo o estilo de vida saudável.
http://www.correiodoestado.com.br/cidades/em-vez-de-comer-a-vista-comer-a-prestacao-fazer-seis/239063/
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