Hoje o assunto é
revisão. Falarei um pouco sobre a
revisão em si, assim como sua importância e efeitos no processo de aprendizagem/aquisição da língua inglesa.
Recentemente,
um dos meus alunos entrou em contato comigo e pediu uma listinha em
relação aos tópicos que já havíamos trabalhado até o presente momento
para que ele pudesse revisá-los, sendo assim eu o aconselhei
a consultar o índice (ou sumário) dos livros que utilizamos. Foi então
que ele se deu conta de que já não se lembrava de alguns assuntos já
abordados nas aulas. Aposto que algo parecido também já aconteceu com
você, não?
Vale
lembrar que sou da área de Letras, não sou especialista em neurologia
ou nada parecido, deste modo tentarei deixar tudo o mais simples
possível, ou seja, sem termos técnicos ou aprofundamentos, uma vez
que o objetivo aqui é outro.
Esclarecimentos a parte…
Mas
e então, por que esquecemos o que já havíamos “aprendido” uma vez? Por
que revisar é tão importante? Como fazer para não esquecer? Se eu parar
de estudar ou praticar, vou perder o que já aprendi (no caso
o inglês)?
Para
tentar responder estas questões, se faz necessário compreendermos o
básico de como nosso cérebro funciona em relação à aquisição e retenção
de informações. A partir daí ficará mais fácil aprender a não
desaprender.
O que é memória e como é formada?
Os neurônios se unem nas sinapses, onde os dendritos se agarram uns aos outros, assim como os dedos de uma mão se prendem aos da outra mão… Acredita-se que as memórias são formadas quando se formam conexões estáveis e duradouras na sinapse, entre os neurônios que ficam em contato uns com os outros.
Fonte do fragmento: Pela primeira vez, cientistas filmam como o cérebro forma as memórias
De
modo simplista, as memórias nada mais são do que conexões neurais, toda
vez que você vê, sente ou experimenta algo novo, novas ligações são
formadas, ou seja, novas memórias são criadas.
Assista a um vídeo onde é mostrado esse processo em andamento:
Se você recebeu esta dica por email e não conseguiu ver o vídeo acima,
clique aqui para assistir.
A memória pode ser dividida em duas partes, a
memória de curto prazo e a memória de longo prazo. No caso da
primeira, grande parte das informações é descartada em um curto período
de tempo, desta forma o que for considerado importante passa a fazer
parte da segunda, a memória de longo prazo, que é
onde a informação pode permanecer por dias, meses ou até mesmo décadas.
(Lembra daquela vez que você caiu de bicicleta quando era criança? Eu
lembro, foram três pontos na minha perna direita).
Uma
analogia interessante seria você imaginar a memória de curto prazo como
a memória RAM e a memória de longo prazo como seu disco rígido (o
famoso HD) do meu computador.
Agora
que sabemos de certa forma como funciona nossa memória, o que fazer
para levar as informações que queremos para a nossa memória de longo
prazo, em nosso caso o inglês?
Ligações neurais que dão origem a memória
Vamos imaginar que você
ouviu uma música que gostou muito; ao ouvir essa música novas
conexões foram formadas e agora você conhece a música, ela já faz parte
da sua memória, mas como a ouviu apenas uma vez você ainda não é capaz
de reproduzi-la (cantá-la), isso acontece por que
as conexões formadas ainda não são fortes o suficiente para serem
recuperadas com facilidade.
O que fazer então?
Escutar
a música novamente, para que desta forma as mesmas conexões sejam
reforçadas. Aposto que agora você já seja capaz de cantar um verso ou
outro, mas ainda não é o bastante já que o objetivo é reproduzir
a obra como um todo. Assim, você a escuta de novo e de novo, com isso
as conexões criadas anteriormente ficarão cada vez mais fortes até que
seja possível cantar a música inteira sem nem um tipo de ajuda, uma vez
que as conexões são fortes o suficiente para
serem acessadas a qualquer momento.
Contudo,
se você parar de cantar, com o tempo você vai acabar esquecendo uma
parte ou outra, ou até mesmo ela toda. Esse processo pode variar de
pessoa para pessoa.
Simples, não? Pois é, com o inglês é a mesma coisa.
Por
isso a importância da revisão e do contato diário com a língua. Não
adianta estudar/revisar só antes da prova, pois este conhecimento será
descartado em poucos dias. Estude/revise diariamente, torne isso
um hábito! Quanto mais você revisa, re-assiste, re-lê; mais você
reforça o que aprendeu, ou seja, suas conexões neurais relacionadas ao
inglês serão fortalecidas. Justifica-se então o
famoso conselho de assistir filmes e series em inglês, já que além reforçar o que já sabe, você ainda aprende coisas novas. Isso vale para todas as habilidades da língua (speaking, listening, reading
and writing) assim como para a gramática e para o vocabulário (words, phrasal verbs, expressions, slang etc). Então, revise!
Lembre-se,
saber uma língua é uma habilidade, ou seja, quanto mais você a pratica
melhor você fica. Infelizmente, não há segredo ou fórmula mágica, e sim
dedicação, disciplina, motivação e paciência, muita
paciência!
É
isso pessoal, espero que tenham gostado da leitura, desta vez não tem
referências, já que as informações foram retiradas da minha memória de
longo prazo (rs), um apanhado do que aprendi, tanto no período
da faculdade, quanto em pesquisas pessoais que sempre faço. ;)
Deixo aqui dois links que possam ser do interesse dos mais curiosos sobre o assunto:
That’s all folks.
Take care!
Take care!
Sobre o Autor: Meu
nome é Marcos Paulo Moreira, me graduei em Letras recentemente, sou
Professor de Inglês em uma pequena escola
de cursos aqui na minha cidade (Anápolis-GO). O Inglês entrou na vida
por acaso quando ainda era criança e não saiu mais, hoje vejo que
aprender sempre foi algo prazeroso para mim, o simples conhecimento por
conhecimento, sendo este um dos motivos de ter me
tornado professor.
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